Sara, uma garota de apenas 11 anos que mora em Joinville, sofre de
uma doença rara —chamada xeroderma pigmentoso, que a obriga a viver na
escuridão. Crianças acometidas por essa falha genética
são conhecidas como "crianças da lua".
Como o próprio nome sugere, elas só podem brincar durante a noite,
vão à escola com roupas especiais, têm que ficar no escuro no próprio
quarto e passam a maior parte do tempo dentro de casa.
Os pais da menina precisaram adaptar a casa com janelas menores,
cortinas especiais e lâmpadas de baixa potência para impedir que a luz
do sol invada o ambiente e prejudique a saúde da filha. As mudanças
na rotina da família começaram quando Sara tinha dois meses, idade que
os sintomas deram os primeiros sinais.
Segundo os médicos, uma das causas da doença é que seus pais são
primos de primeiro grau, o que aumenta as chances dos filhos nascerem
com problemas genéticos. Além disso, os especialistas reforçam que todo
o esforço de viver no escuro é necessário porque ela tem 1.000 vezes
mais chances de ter câncer de pele.Se vc só sabe reclamar para um pouco para pensar que existem pessoas em situações bem piores que a sua e começa a orar por elas...
Blog da Manúh
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Linguagem Culta e Coloquial
Muitos
internautas têm enviado mensagens, com dúvidas sobre um termo muito
comum nos enunciados de provas. Lá, nas propostas dos concursos, é
comum aparecer: "obedeça à norma culta da Língua
Portuguesa". Ao ler isso, corre-se o risco de cair no equívoco de
interpretação, acreditando-se que escrever obedecendo-se à norma
"culta" seria o equivalente a escrever "difícil" ou "complicado". Nada
disso! O que ocorre é que existem, basicamente, dois níveis ou padrões de linguagem – a linguagem culta ou formal e a linguagem coloquial (ou informal).
Linguagem culta ou formal ->
caracterizada pela correção gramatical, ausência de termos regionais ou
gírias, bem como pela riqueza de vocabulário e frases bem elaboradas.
Salvo raras exceções, é a linguagem dos livros, jornais, revistas e, é
claro, a linguagem que você deverá empregar em sua prova.
Linguagem coloquial
-> é aquela que usamos no dia-a-dia, nas conversas informais com
amigos, no bate-papo e no bilhete para a empregada ou para o filho que
irá chegar, com as instruções para o jantar. Descontraída, dispensa
formalidades e aceita gírias, diminutivos afetivos e termos regionais.
Orfãos da Guerra
George Hogg (Jonathan Rhys Meyers), um jovem jornalista inglês, viaja a China para cobrir a guerra, depois de testemunhar as atrocidades cometidas pelas tropas japonesas e quase ser executado, encontra refúgio em uma antiga escola que abriga crianças orfãs. Com ajuda de uma corajosa australiana(Radha Mitchell), a nova missão de Hogg é retirar todas as crianças de campo de batalha e leva-las a um lugar seguro. Uma jornada extraordinária por centenas de quilomêtro , atraves de montanhas cobertas de neve. Ao longo deste caminho, lançados às mais inesperadas situações, descobrem na dor a capacidade de amar incondicionamente.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
O Pianista
O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças
clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram
sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra
Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos
nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o
surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros
para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que
levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de
concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se
refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o
pesadelo da guerra acabe.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
A Última Crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para
tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de
escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de
coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório
no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária
algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz
mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta
perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas
palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples
espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar,
curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na
lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e
estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem
os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.
O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso." Fernando Sabino
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.
O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso." Fernando Sabino
Crônica
Certo dia meu pai e minha mãe resolveram fazer uma viagem para o Rio de Janeiro,já que meu pai estava de férias na empresa.
Chegamos no aeroporto e recebemos a notícia que o avião iria atrasar em média umas 12 horas.
Enfim nós ainda no aeroporto esperando pela nossa viagem,recebemos uma ligação do meu tio,que meu avô havia sido internado já que tinha tido um derrame e estava muito mal.Imediatamente fomos para o hospital,e o fato de o avião ter se atrasado nos deu a oportunidade de dar o último adeus a ele que poucas horas depois que chegamos faleceu.
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